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Imagem do post Febre maculosa: por que a doença do carrapato é tão perigosa?


A febre maculosa é uma doença extremamente rara, mas que atinge uma alta taxa de fatalidades, principalmente quando o diagnóstico é tardio. A média anual não passa dos 100 casos. Por conta disso, é comum demorar para suspeitar desse tipo de infecção, atrasando o tratamento adequado. 1

Entre 2007 e 2023, o Brasil teve 2868 registros da doença, com 925 mortes. A maior concentração das notificações ficou na região Sudeste. No primeiro semestre de 2023, houve um surto no estado de São Paulo que aumentou a preocupação da população e autoridades. 2

Isso mostra que, apesar de ser vista como tipicamente rural, as áreas mais urbanizadas e populosas facilitam a propagação dos patógenos responsáveis pela infecção. 2

Nesse post, vamos explicar os principais pontos a respeito da febre maculosa, abordando os sintomas, causas, transmissão, tratamento, complicações e métodos de prevenção. Continue lendo!

O que é febre maculosa?

A febre maculosa, também conhecida como febre ou tifo dos carrapatos, é uma infecção causada por bactérias do gênero Riquétsia. Esses patógenos conseguem viver apenas em outros organismos, por isso, os carrapatos são os principais agentes transmissores da doença. Quando entrem no corpo, elas invadem as células nos vasos sanguíneos, podendo causar coágulos que bloqueiam a circulação. 1

No Brasil existem duas espécies de riquétsia em circulação, principais responsáveis pelos casos no país. São elas 3:

  • Rickettsia rickettsii: associada à Febre Maculosa Brasileira, uma infecção grave e predominando na região Sudeste e ao norte do Paraná;
  • Rickettsia parkeri: responsável por quadros de menor gravidade, principalmente em ambientes próximos da Mata Atlântica.

O nome da doença vem das erupções cutâneas que geralmente provoca, conhecidas como máculas. Elas aparecem logo no primeiro dia dos sintomas, com uma aparência rosada e chata, espalhadas nos pulsos, palmas das mãos, tornozelos, pés e antebraços.  3

Com o avanço do quadro, podem atingir outras partes do corpo, além de ficarem mais escuras e protuberantes. É importante destacar que as erupções na pele não acontecem em 100% das infecções. Ou seja, pessoas infectadas podem desenvolver a doença sem esse sintoma característico. 1

De fato, esse é outro fato que pode dificultar o diagnóstico, considerando que os demais sintomas associados são comuns em outros quadros. 3

Por se tratar de uma doença bacteriana, o tratamento é feito à base de antibióticos. Quanto antes iniciar a medicação, menor o risco de complicações graves. Dados apontam uma redução de 15% na taxa de fatalidades. 3

Quais são os sintomas da febre maculosa?

Os principais sintomas de febre maculosa são 3:

  • febre alta;
  • dor de cabeça severa;
  • náusea;
  • vômito;
  • prostração;
  • diarreia;
  • dor abdominal;
  • dores musculares;
  • inchaço e vermelhidão nas solas dos pés e palmas das mãos;
  • erupções cutâneas;
  • tosse seca;
  • paralisia dos membros, dificuldade respiratória e confusão mental (em casos mais graves).

Observando a lista de sintomas, podemos perceber como é difícil diferenciar o quadro de outras doenças. Ele é bastante similar e confundido os seguintes 3:

  • leptospirose;
  • dengue;
  • hepatite viral;
  • malária;
  • meningite;
  • sarampo;
  • pneumonia;
  • encefalite.

O início do quadro é repentino. De uma hora para outra, a temperatura aumenta e as dores pelo corpo e a fadiga começam. Logo, é possível notar pequenas manchas avermelhadas na pele, como se fossem picadas de pulgas, carrapatos ou insetos microscópicos.  3

No início, elas são baixas e rosadas. Com o tempo vão escurecendo e ficam inchadas. Sem tratamento ou combate adequado, o tecido pode morrer e gangrenar. 3

A primeira fase da doença costuma durar seis dias. Ao todo, a infecção pode causar sintomas persistentes por até três semanas, principalmente em quadros mais graves. Vale apontar que o início do mal-estar ocorre entre 3 e 12 da contaminação. 3

Para compreender melhor o avanço da infecção, vamos destacar e explicar os principais sintomas da febre dos carrapatos. Confira!

Febre alta

A febre alta, acima de 38 ºC, é um dos primeiros sinais da infecção por febre maculosa. O aumento da temperatura corporal é súbito e persistente. Ou seja, começa de uma hora para outra e pode baixar e retornar várias vezes. 3

Conforme mencionado, a pirexia pode ocorrer desde o primeiro dia e, em condições mais severas, continua aparecendo por até três semanas. 1

Mesmo assim, controlar o sintoma é interessante para proporcionar conforto ao doente. Apenas é necessário confirmar com o médico sobre qual medicamento é mais seguro e indicado nesse tratamento. 1

Dor de cabeça severa

Como resposta ao patógeno, o sistema imunológico desenvolve a inflamação dos tecidos afetados, que são em sua maioria os vasos sanguíneos na pele, tecido subcutâneo e membranas mucosas que revestem os órgãos internos. 1

Esse processo dilata os dutos vasculares para facilitar a irrigação e o transporte de células de defesa ao local atingido. Consequentemente, há um inchaço na área da infecção, que já está sensibilizada pela ação das bactérias, que comprometem as células dos vasos sanguíneos, causando coágulos e obstruções. 1

Com a soma desses fatores, é comum surgirem dores fortes espalhadas pelo corpo. Entre os pontos mais críticos, a cefaleia é uma das queixas mais severas. 1

A dor de cabeça pode ocorrer pelas alterações que a doença provoca no organismo ou, de forma mais direta, por conta da inflamação que atingiu os vasos sanguíneos ao redor do cérebro. 1

Assim como na febre, o tratamento de suporte serve para aliviar os sintomas da febre maculosa. Nesse caso, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser indicados pelo médico que acompanha o caso. 1

Mal-estar e fadiga

O quadro inflamatório pode afetar o corpo todo, causando um mal-estar generalizado que se estende por boa parte da duração dos sintomas. Os membros ficam doloridos e qualquer movimento exige bastante esforço. 1

Por conta disso, a fadiga e a prostração também estão entre as principais queixas dos infectados por febre maculosa. A pessoa fica abatida, indisposta e com aparência de doente, o que tem relação direta com o impacto causado pelo patógeno e a capacidade do sistema imunológico para combatê-lo. 1

Em geral, fazer repouso, cuidar da alimentação e beber bastante água são as melhores recomendações para lidar com a situação.  1

A ingestão de nutrientes é essencial para reabastecer o organismo de vitaminas e minerais importantes para sua manutenção. Já a reposição de fluidos, além de contribuir para esse autocuidado, ajuda a diminuir o risco de desidratação associado à febre. 1

Por fim, o repouso é uma medida de contenção para minimizar o cansaço e o gasto de energia no dia a dia, preservando as forças do corpo para lidar apropriadamente com a infecção. 1

Dores musculares

As dores musculares são resultado da inflamação dos tecidos do corpo, considerando que a febre maculosa é sistêmica, isto é, não se limita a uma única área do organismo. Nesse caso, tanto os músculos quanto os tendões, nervos e articulações podem ser atingidos. 3

Como explicado anteriormente, esse desconforto tem relação com a fadiga intensa e o esforço empregado pelo corpo para impedir a proliferação das bactérias, por meio da produção de células de defesa, como anticorpos e glóbulos brancos. 3

Também de acordo com o que foi falado, é importante descansar bastante e evitar atividades que demandem força física. Dessa forma é possível guardar as energias, minimizar danos e reduzir o risco de acidentes domésticos, como quedas. 3

Erupções cutâneas ou manchas de febre maculosa

As erupções cutâneas causadas pela febre maculosa acontecem devido à infecção das células do tecido vascular na pele, tanto na camada superior quanto nas inferiores. No início, as manchas são achatadas e têm coloração rosada ou levemente avermelhada.  3

Com o tempo e a evolução do quadro, isso vai mudando. Elas ficam num tom vermelho intenso, em especial quando há formação de coágulos nas células atingidas, além de ficarem mais saltadas. 3

As manchas e erupções começam a surgir nos pulsos, tornozelos, mãos, pés e braços. Porém, em poucos dias, já espalham para o tronco, pescoço, nádegas, pernas e abdômen. Se a infecção continuar progredindo, os danos são mais significativos e o tecido pode escurecer. 3

Casos mais graves podem desenvolver gangrena, sendo que os dedos e as extremidades das orelhas são as áreas mais vulneráveis. 3

Náusea e vômito

Enjoo e vômito são sintomas muito frequentes de febre maculosa. O trato digestivo fica irritado e sensível, o que favorece a sensação de náusea intensa. Em geral, é comum notar uma perda considerável de apetite, bem como maior sensibilidade para certos alimentos e temperos fortes. 3

Como se sabe, é essencial se alimentar bem para atender a demanda nutricional do organismo e não sentir ainda mais fraqueza por conta da falta de vitaminas. Logo, é necessário tomar medidas para contornar o desconforto. 3

Assim como na dieta indicada para gripes e resfriados, alimentos mais leves e fluidos, como sopas, caldos e canjas, são mais fáceis de engolir. Legumes e verduras precisam estar bem cozidos e, preferencialmente, é melhor optar por carnes magras, como a de frango. 4

Frutas e cereais também são alternativas válidas. No geral, basta evitar excessos e alimentos pesados, como os gordurosos e ultraprocessados. 4

Essa dieta não cura ou alivia os sintomas, mas é indicada para recuperar as reservas de vitaminas e minerais essenciais, auxiliando a restabelecer a saúde após a melhora do quadro. 4

Por fim, vale ressaltar a importância da hidratação nesse período, principalmente se sofrer com vômitos e diarreia. Esses sintomas aceleram a perda de fluidos. Logo, você precisa tomar mais líquidos para compensar o que foi eliminado pelo organismo e evitar a desidratação. 4

Dor abdominal

Frequentemente os infectados com febre maculosa se queixam de fortes dores abdominais. Esse mal-estar tem relação com as inflamações sistêmicas, o desconforto do trato gastrointestinal e a dificuldade do organismo em manter as funções biológicas essenciais durante o quadro agudo. 3

O incômodo é sentido tanto na musculatura quanto nos órgãos internos. Nesse caso, as cólicas costumam acompanhar diarreia e causar prostração, quando a pessoa fica abatida, desanimada e sem forças para se levantar. 3

Conforme mencionado, a reposição de fluidos é muito importante para lidar com o caso, pois evita desidratação severa. Além disso, analgésicos e antieméticos podem ser receitados pelo médico, como parte do suporte ao tratamento. 4

Sensibilidade à luz (fotofobia)

A dor de cabeça causada pela febre maculosa pode decorrer de inflamações nos tecidos do sistema nervoso. Nessas condições, estímulos sensoriais podem sobrecarregar as células cerebrais e, além da dor, provocar uma hipersensibilidade temporária. 1

Odores e sons altos estão entre as causas desse incômodo. No entanto, a fotofobia, sensibilidade à luz, tende a ser mais impactante. Tanto a iluminação natural quanto a artificial são capazes de gerar desconforto e dar início à cefaleia. 1

Dessa forma, além do uso de analgésicos para aliviar a dor, pode ser recomendado ficar em ambientes escuros ou com luz difusa, para não piorar a sensação. 1

Edema (inchaço)

A inflamação dos vasos sanguíneos também é responsável pela formação de edemas no quadro de febre maculosa. Esse inchaço excessivo é notado principalmente nas mãos e nos pés, comprometendo a capacidade motora do doente, pois a área fica dolorida e sensível. 1

O mecanismo por trás do sintoma é similar ao das erupções cutâneas, portanto pode ser combatido com o auxílio de analgésicos e anti-inflamatórios.  1

Confusão mental ou alterações de consciência

Quando as bactérias do gênero Riquétsia chegam aos vasos sanguíneos do cérebro podem causar alterações no estado de consciência. Isso tende a ocorrer em infecções mais graves e que passam muito tempo sem tratamento. 1

Nessas condições, o funcionamento do sistema nervoso é comprometido, causando agitação, confusão mental, delírio e insônia. Em casos mais severos. pode até deixar o doente em coma. 1

Vale apontar ainda que esse quadro prejudica a capacidade de coordenar as funções biológicas essenciais. Consequentemente, pode haver paralisia, que começa nos membros inferiores e vai subindo aos poucos. Se chegar aos pulmões, é capaz de provocar parada respiratória e lesão cardíaca. 1

Como se dá a transmissão da febre maculosa?

A transmissão da febre maculosa ocorre por meio da picada de carrapatos infectados com a bactéria riquétsia. Como esse patógeno precisa das células de um organismo para sobreviver, ele não é encontrado amplamente no ambiente. 1

Em geral, em uma região com grande incidência, o carrapato é contaminado ao se alimentar do sangue de um mamífero previamente infectado pela bactéria. A partir disso, vive no corpo do parasita e pode ser inoculada em outros indivíduos quando este se alimenta novamente. 1

É extremamente improvável que a febre maculosa seja transmitida de uma pessoa para outra. Normalmente, o risco é maior em áreas com maior circulação de animais selvagens, como capivaras e antas.  1

Por outro lado, áreas urbanas são bastante atingidas pela presença de roedores infectados, que podem propagar o carrapato, junto da bactéria, para animais de estimação e humanos. 1

O que devo fazer se suspeito estar com febre maculosa? Como é feito o diagnóstico?

O tratamento oportuno é aquele iniciado logo na primeira fase da doença, capaz de prevenir a proliferação da bactéria e, consequentemente, diminuir o impacto da infecção no organismo. Porém, como visto, a febre maculosa é difícil de ser diagnosticada. 1

Por não ser tão comum e compartilhar sintomas com outros quadros clínicos, normalmente a suspeita demora a ser levantada. Em geral, o médico avalia o quadro e entrevista o paciente para verificar essa possibilidade. 3

Como a bactéria é mais comum em áreas de mata, zonas rurais e, nos centros urbanos, em regiões mais pobres, com falta de saneamento básico, o especialista costuma perguntar onde a pessoa mora, se visitou uma zona de risco recentemente, se tem animais de estimação, entre outros dados relevantes. 3

Nesse ponto, ele pode já propor o tratamento preventivo, além de realizar testes laboratoriais para fechar o diagnóstico. Os exames específicos para febre maculosa são 3:

  • reação de imunofluorescência indireta;
  • exame de imunohistoquímica;
  • técnica de biologia molecular;
  • isolamento de bactéria.

Além desses, há exames gerais que podem complementar a estratégia de diagnóstico, sendo 3:

  • hemograma;
  • testes de enzimas.

Como alguns desses testes podem demorar semanas para retornarem resultados, o médico pode não aguardar a conclusão para iniciar o tratamento. Isso depende muito da severidade do quadro, do risco de complicações, da resposta a outras medicações e da probabilidade de exposição ao carrapato transmissor. 3

Como é feito o tratamento da doença? Ela tem cura?

A febre maculosa tem cura. O tratamento da doença é feito com antibióticos específicos para combater as bactérias do tipo Riquétsia. A principal medicação recomendada é a doxiciclina, administrada via oral nos casos leves e intravenosa nas infecções mais graves. 3

A duração do tratamento dura de 7 a 14 dias, em média. Normalmente o médico só suspende o uso do remédio depois que o paciente não apresenta febre por um período de 24 a 48 horas. 3

Além disso, conforme apontado, há a possibilidade de iniciar cuidados de suporte para aliviar os sintomas, com o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e antieméticos. Dependendo da situação, pode ser necessária a internação com reposição de fluidos direto na veia. 3

Em todo caso, não é recomendado tomar remédios por conta própria. O melhor a fazer é procurar uma unidade de saúde para obter orientações médicas. Lembrando que o tratamento para febre maculosa é disponibilizado pelo SUS. 3

Qual é o carrapato que transmite a febre maculosa? Como é a aparência dele e onde ele costuma ficar?

Apenas os carrapatos do gênero Amblyomma são capazes de transmitir a febre maculosa. Entre eles, o mais comum é o carrapato-estrela, Amblyomma sculptum. Apenas os indivíduos mais jovens dessa espécie picam os humanos. 5

Esses parasitas habitam zonas de mata, áreas rurais e urbanas, principalmente onde encontram mamíferos que usam para se alimentar, como ratos, capivaras, cavalos e similares. Os animais de estimação podem contrair os carrapatos ao transitar por esses locais, em especial nas proximidades de terrenos baldios. 5

Como fazer a prevenção contra a doença

A prevenção contra a febre maculosa é feita por meio das seguintes medidas 5:

  • evitar transitar por áreas de vegetação alta e regiões endêmicas que tenham sido sinalizadas;
  • ao fazer trilhas e frequentar áreas de mata, usar calças, botas e camisetas de manga comprida, cobrindo a maior superfície de pele que puder;
  • usar roupas claras e checar a presença do carrapato nas vestes após ter visitado uma área de risco;
  • ao perceber o parasita na pele, usar uma pinça, luva ou pedaço de papel para retirá-lo;
  • sem esses itens a disposição, pegar o carrapato com a ponta dos dedos, torcer e puxar até retirá-lo por completo;
  • usar repelentes dom dietiltoluamida;
  • manter em dia a vermifugação de animais de estimação;
  • usar coleiras carrapaticidas em cães e gatos;
  • evitar acúmulo de entulho, principalmente folhas e madeira em decomposição;
  • combater infestações de roedores em áreas urbanas.

A febre maculosa é contagiosa?

A transmissão da febre maculosa ocorre majoritariamente por meio da picada do carrapato-estrela, que é responsável pela disseminação da riquétsia entre mamíferos. O contágio de uma pessoa para outra é extremamente improvável, mas possível. 1

Febre maculosa pode causar a morte?

Sim, conforme dados apresentados, a febre maculosa foi responsável por mais de 900 fatalidades entre os anos de 2007 e 2023, com cerca de 800 mortes apenas na região Sudeste. Apesar de existir cura, por meio do uso de antibióticos específicos, o diagnóstico oportuno, no início da doença, é raro. 2

Qual é a relação entre as capivaras e a febre maculosa?

As capivaras são roedores comuns em áreas urbanas do Sudeste e são hospedeiras bastante comuns do carrapato-estrela, o que fez com que levassem a culpa pelo surto de febre maculosa em 2023, que provocou fatalidades no primeiro semestre do ano. 6

Como esses animais transitam normalmente por ambientes de mata, eles são mais suscetíveis ao parasita. Assim, evitar a proximidade com a espécie é recomendado. No entanto, vale apontar que outros bichos comuns da vida urbana também podem sofrer com essa infestação. 6

É o caso de cavalos, gatos e cães. Por isso, é essencial monitorar as áreas que seus pets frequentam, evitar vegetação alta, usar coleiras anticarrapatos e manter a vermifugação em dia. 6

Existe vacina contra a febre maculosa?

Não existe vacina contra a febre maculosa. Nos anos 1930, pesquisas para desenvolver o imunizante foram iniciadas, mas não trouxeram resultados. Dois cientistas envolvidos no projeto foram vítimas de contaminação acidental e faleceram. 5

Nesse tempo, foram descobertos os antibióticos específicos para combater a riquétsia. Isso diminuiu a demanda por uma vacina, e o estudo foi descontinuado. 5

Conclusão

A febre maculosa é uma doença rara e muito séria. O diagnóstico é dificultado por uma série de fatores, mas é possível iniciar cuidados preventivos com rapidez, ao avaliar o contexto dos sintomas apresentados pelos pacientes.

O surto recente é prova de que a prevenção e o cuidado são imperativos, mas isso não significa que haja motivo para pânico ou atitudes drásticas, como o abate de possíveis hospedeiros.

Com os hábitos certos, atenção aos sintomas e o tratamento de prontidão, as chances de cura são muito boas. Junto disso, os cuidados de suporte são válidos para preservar o organismo, recuperar as forças e aliviar os sintomas.

Contudo, não se esqueça de consultar o médico para receber indicações de remédios para tratar dor de cabeça, enjoo e mal-estar associados à febre maculosa.

Esperamos que tenha gostado do post e aprendido mais sobre a doença. Até a próxima!

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Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Trabalha na indústria Farmacêutica desde os anos 2000, vindo a atuar nas áreas de Saúde Feminina, Consumer Health, Clínica Geral, Pediatria, Dor e Inflamação, Reumatologia, Similares e genéricos.

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