Nova onda de covid-19: China se prepara para enfrentar novos casos

Uma nova onda de covid-19 ameaça a China. De acordo com especialistas chineses, o aumento dos casos teve início em abril e, possivelmente, atingindo seu ápice em junho, com previsão de 65 milhões de infecções semanais.¹

A projeção de crescimento está ligada a diversos fatores. Primeiramente, devido à flexibilização das restrições impostas para conter a infecção (da política de “covid zero”), que aconteceu em dezembro de 2022. ²

Junto disso, surgiram novas subvariantes, mais difíceis de combater e com alto potencial de reinfecção. ²

Nesse ponto, as dúvidas que surgem são: o que significa esse novo pico de casos? O Brasil pode ser afetado? O que fazer para prevenir a doença? Para tirar suas dúvidas, criamos esse post com as principais informações sobre o assunto.

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O que é a nova onda de covid-19 na China?

A nova onda de covid-19 está acontecendo na China desde abril e tem pico previsto para junho de 2023, com uma taxa semanal que pode chegar a 65 milhões de infecções. ²

A causa para ela é o surgimento de subvariantes XBB, ligadas à cepa Ômicron, além da flexibilização das medidas de contenção no país, baixa taxa de imunização e a decisão de não adotar as vacinas bivalentes, atualizadas para os tipos de covid predominantes no momento.²

O aumento nos casos é uma consequência dos subtipos da doença, que apresentam maior risco de reinfecção. Normalmente, os sintomas são moderados e o risco de infecções graves é baixo. Por esse motivo, é possível que a nova onda de covid-19 seja leve ou até imperceptível.²

Vale lembrar que casos similares já aconteceram, tanto na Europa quanto nos EUA. Até mesmo o Brasil já teve casos confirmados de variantes como a XBB 1.16 e a XBB 1.5, chamadas de Arcturus e Kraken, respectivamente, ambas relacionadas à Ômicron.^{2 3 4}

É possível uma nova onda de covid?

O risco de novas ondas de covid ainda é possível, caso essas subvariantes continuem aparecendo. As cepas em circulação têm uma transmissão rápida e são resistentes aos anticorpos de quem já teve covid-19, o que favorece o aumento de casos novos.²

Apesar disso, o cenário atual não é tão preocupante, considerando a baixa incidência de infecções graves e óbitos. Mesmo assim, medidas preventivas devem ser incentivadas para combater mutações seguintes do coronavírus, como usar máscaras e tomar a vacina bivalente.²

O que há de informação sobre a nova variante da covid-19?

As subvariantes XBB são as principais responsáveis pelos novos casos de covid-19 atualmente. Elas são classificadas como variantes de interesse, pois não apresentam risco elevado de quadros graves ou fatalidades, além de não terem características muito distintas. ^{3 4 5}

Elas seguem um padrão similar à variante Ômicron, que deu origem à linhagem XBB, com transmissibilidade acelerada e capacidade de evasão de anticorpos de infecções anteriores. ⁵

Vale lembrar que a Ômicron foi a última a ser classificada como “variante de preocupação”, categoria utilizada para cepas que apresentam mudanças consideráveis na forma de contágio, taxa de transmissão e/ou quadro de sintomas. ⁶

Quais os sintomas da nova onda de covid-19?

Os sintomas provocados pelas subvariantes XBB, responsáveis pelo novo pico de covid, são ⁵:

• febre;
• coriza;
• dor de garganta;
• dor no corpo.

Como podemos ver, eles são bastante similares aos sintomas de gripe comum. Para ter certeza sobre o seu caso, é recomendado fazer o teste de antígenos ou o autoteste da covid. ⁵

Novo pico de covid na China pode afetar o Brasil?

O cenário epidemiológico no Brasil está sob controle, o que diminui o impacto refletido no país. Porém, isso não significa que a covid não precise mais ser combatida. ¹

A imunização com a vacina bivalente, o uso de máscaras e medidas de higiene são recomendadas para manter baixo o número de casos e evitar que um pico similar ao que enfrenta a China aconteça por aqui. ⁷

Panorama da situação da covid-19 no Brasil

Até o início de junho de 2023, o Brasil registrou mais de 37 milhões de infectados pela covid-19. O último pico aconteceu em dezembro de 2022, quando foram notificados 59.694 novos casos. O total acumulado de óbitos chegou a 702.907. ⁸

Vacinação da covid-19 no Brasil

Cerca de 80% da população foi vacinada, ao menos na dose única ou em duas doses, na primeira fase da imunização. Depois disso, aconteceram duas doses de reforço, também conhecidas como a terceira e a quarta dose. A cobertura vacinal para elas foi menor, cerca de 58% apenas. ⁹

Em fevereiro de 2023, a vacina bivalente também começou a ser aplicada pelo Sistema Único de Saúde. Produzida pela Pfizer, foi desenvolvida para prevenir tanto a cepa original quanto a variante Ômicron. ⁷

Inicialmente, cabia aos Estados definirem o planejamento para aplicação da bivalente, priorizando profissionais de saúde e grupos de risco. ⁷

Em março, houve a primeira confirmação de infecção causada pela cepa Arcturus, subvariante XBB 1.16. Por esse motivo, o Ministério da Saúde atualizou suas políticas e liberou a aplicação da vacina bivalente para toda a população com 18 anos ou mais. ³

A OMS, Organização Mundial da Saúde, já recomendou a atualização do imunizante para as subvariantes predominantes, mesmo que elas já eram combatidas por tabela, por conta da prevenção contra a Ômicron. ²

Qual o tratamento indicado ao contrair a covid-19?

As recomendações para o tratamento da covid são ¹⁰:

1. permaneça em isolamento por pelo menos sete dias, mesmo em quadros leves ou assintomáticos, para não propagar a doença;
2. faça repouso e tente descansar;
3. mantenha uma alimentação leve e nutritiva;
4. beba bastante água;
5. monitore a febre e demais sintomas;
6. procure atendimento médico caso sinta falta de ar ou pressão no peito.

De modo geral, a nova onda de covid-19 costuma provocar quadros mais leves, sem grande risco de uma infecção grave e debilitante. Assim, o repouso e o isolamento são os principais cuidados. ¹¹

Medicamentos antigripais podem aliviar sintomas, como dor de cabeça, febre e coriza, como paracetamol e ibuprofeno. ¹¹

Ao confirmar o caso, é indicado que fique pelo menos sete dias sem sair de casa e com contato mínimo com os seus familiares, dentro do possível.  ¹¹

Caso o resultado positivo venha de um autoteste, não é necessário repetir o exame em farmácias ou unidades de saúde, a menos que precise de laudo para apresentar no trabalho. ¹¹

Como se prevenir da nova onda de covid-19 e suas variantes?

A prevenção para a nova onda de covid-19 segue as recomendações anteriores, incluindo 11:

• tomar o imunizante, preferencialmente a vacina bivalente;
• evitar aglomerações e locais fechados;
• usar máscara em locais públicos, cobrindo completamente boca e nariz;
• reforçar hábitos de higiene pessoal, lavando as mãos com água e sabão ou pelo menos utilizando álcool em gel;
• não tocar os olhos, boca e nariz sem antes lavar as mãos;
• evitar sair de casa quando ficar doente;
• cobrir o rosto ao tossir ou espirrar;
• sempre que possível, ficar a uma distância de pelo menos dois metros de outras pessoas;
• fazer o teste de covid se tiver suspeita ou entrado em contato com um caso positivo.

Como ocorre a transmissão do novo coronavírus?

A transmissão da covid-19 acontece quando a pessoa infectada respira, tosse ou espirra, liberando pequenas gotas de saliva no ar, que podem conter o novo coronavírus. Essas partículas podem ser inaladas ou entrar em contato com os olhos, boca ou nariz de terceiros, causando a contaminação.  ¹²

O que posso fazer para me proteger e evitar a propagação?

A forma mais eficaz de se proteger contra a covid é tomando a vacina bivalente. Ela protege contra as cepas predominantes no momento e seu uso é totalmente seguro. Se mesmo assim você contrair a infecção, faça repouso e fique isolado, para evitar que outras pessoas acabem doentes.  ¹¹

Novas vacinas para a prevenção de covid-19

Como resposta a nova onda de covid-19, a China está desenvolvendo novas vacinas para prevenir as subvariantes em circulação, principalmente a Arcturus e a Kraken, responsáveis pelo aumento no número de casos registrados no país. ²

Dois novos imunizantes foram aprovados em testes preliminares, mas outros quatro estariam em desenvolvimento, segundo especialistas chineses. ²

Conclusão

A nova onda de covid-19 requer atenção das autoridades, para evitar que o aumento dos casos se alastre. A propagação da doença, mesmo em quadros mais leves, precisa ser combatida para diminuir o risco de variantes de preocupação no futuro.

A pandemia perdeu força, mas ela ainda está ativa. Tomar a vacina bivalente faz parte de um esforço conjunto para frear o avanço do coronavírus. Assim, a recomendação é que todos completem o calendário vacinal com o imunizante.

Esperamos que tenha tirado suas dúvidas e aprendido a se proteger melhor da covid-19. Até a próxima!

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