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Depois de três anos de pandemia, a vida começou a voltar ao normal na maioria dos lugares. No entanto, isso não significa que a covid-19 tenha deixado de ser um risco. Na verdade, ela ainda está avançando, causando preocupação e aumento de casos, sendo impulsionada por novas variantes ômicron.
Entre o fim de 2021 e início de 2022, a variante ômicron provocou um pico de infecções, por conta de suas mutações genéticas, que a tornam mais transmissível e com maior potencial de reinfecção que outras cepas.
Atualmente, o que temos é o surgimento de novas subvariantes, mostrando que o vírus continua a passar por alterações genéticas. Com isso, a eficácia dos anticorpos adquiridos com a vacina contra covid-19 pode ser reduzida.
Por ser um tema tão sério e complexo, é normal surgirem as dúvidas. Afinal, quais os sintomas da nova variante ômicron? Quais as diferenças das novas subvariantes? As vacinas são eficazes contra essas mutações? É preciso voltar a usar máscara?
Para ajudá-lo a responder essas perguntas, montamos esse post com os principais fatos que é preciso saber para prevenir-se contra essa onda de covid-19. Continue lendo e veja como se cuidar!
Quando descoberta, em novembro de 2021, a variante ômicron da covid-19 logo chegou ao nível mais alto de risco para as novas cepas da doença, chamadas de variantes de preocupação.
Isso se deve a principal mutação do vírus nessa variação, que é em uma proteína diretamente ligada à sua inserção no sistema respiratório.
Ela é capaz de infectar uma pessoa com mais rapidez que muitas outras cepas, além de ter um maior índice de reinfecção, quando se pega covid-19 por mais de uma vez. Desse modo, ela se dissemina com mais facilidade.
Embora a maioria dos casos provocados por essa cepa sejam considerados leves, o avanço foi tanto que as fatalidades também aumentaram. Além disso, é preciso notar que também existem subvariantes do vírus, o que pode dificultar o combate à infecção, por parte do sistema imunológico.
De fato, quando se fala em uma nova variante ômicron, normalmente se está referindo a mutações identificadas dentro dessa mesma cepa. Quanto maior for a circulação do vírus, maiores as chances de elas acontecerem.
Nesse momento, a preocupação acontece principalmente por conta da variante BQ.1, já identificada no Brasil, além da variante XXB, que circula em países como Índia, Bangladesh e Singapura.
De modo geral, a cepa ômicron já é uma das mais preocupantes devido ao seu alto potencial de reinfecção, e por sua elevada capacidade de transmissão rápida.
A partir daí, o sistema imunológico tem mais dificuldade em combater as novas variantes de ômicron, devido às mutações do vírus. Como consequência, o número de casos se eleva.
Ao mesmo tempo, isso potencialmente reduz a eficácia das vacinas, que foram produzidas nos subgrupos previamente descobertos. Apesar disso, ela continua protegendo quem tomou o imunizante, já que foi produzida para combater subgrupos que deram origem a “descendentes”, como a variante BQ.1.
De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 11 de novembro de 2022, apenas nas semanas epidemiológicas 41 à 45 (são as semanas contadas desde a 1ª semana do ano, de domingo a sábado, no ano de 2022) são 378.346 casos novos de Covid-19 no Brasil.*
Por fim, o surgimento de uma nova variante ômicron também dificulta o controle da pandemia de covid-19. Afinal, quanto maior é a transmissão, maiores chances são as chances de mutações e propagação do vírus.
Além de se adaptar ao ambiente para continuar sobrevivendo, as interações entre diferentes variedades do vírus podem alterar fatores de alto risco, como potencial de transmissão, quadro de sintomas, intensidade, complicações mais graves e nível de fatalidade.
Até o momento, a maior diferença das novas subvariantes ômicron reside em seu código genético, o que aumenta as chances de mais mutações surgirem com o tempo e prejudica a eficácia das vacinas atuais, que foram produzidas para enfrentar as versões anteriores do vírus.
Como foi falado, isso não quer dizer que as vacinas percam o efeito. Isso porque elas continuam prevenindo quadros graves e infecções, mas perdem a eficácia por criarem anticorpos que não estão totalmente preparados para essas mudanças na genética do vírus.
Quanto mais atualizado o cartão de vacinação contra a covid-19, com todas as doses de reforço disponíveis para cada perfil, melhor a capacidade de proteção do imunizante, que continua a ser melhorado e adaptado para combater essas novas cepas.
Em relação aos sintomas, não é possível afirmar que as variantes XBB e BQ.1, subgrupos da ômicron, provocam um quadro diferente dessa linhagem, que tende a provocar infecção leve do sistema respiratório, similar a uma gripe ou resfriado, com tosse, coriza, dor de cabeça, febre, cansaço e dor de garganta.
Para reforçar as principais informações trazidas no post, confira um resumo com os principais fatos comprovados sobre as novas variantes ômicron:
As novas mutações genéticas carregam as características herdadas da cepa ômicron, como rápida contaminação, maior potencial de transmissão e risco elevado de reinfecção. Além disso, essas alterações dificultam a ação do sistema imunológico e das vacinas no combate e prevenção à doença.
O resultado disso é mais uma onda de covid-19 no Brasil e no mundo, com um aumento notável no número de casos confirmados.
No gráfico, retirado do site Coronavírus Brasil, vemos a flutuação do número de casos, principalmente desde o surgimento da cepa ômicron. Nesse início de novembro, a quantidade de infecções pelo coronavírus já demonstram uma ligeira elevação.
No total, entre os dias 4 e 11 de novembro de 2022, foram notificados mais de 58 mil casos novos.
A recomendação da dose única ou duas doses do imunizante, seguidas de mais duas doses de reforço, é defendida para pessoas de todas as idades, ajudando a aumentar as chances de proteção.
Mesmo com o escape vacinal, redução na eficácia por conta da alteração genética, o imunizante ainda é eficaz na redução de infecções e desenvolvimento de quadros graves.
Dados atuais apontam que as novas variantes ômicron provocam o mesmo tipo de quadro na linhagem principal, com sintomas similares ao de gripes e resfriados comuns. Em geral, as queixas incluem:
Embora não seja obrigatório, o uso de máscaras, o distanciamento, o isolamento em caso de suspeita e a higienização constante com álcool em gel, chamadas de medidas não-farmacológicas de prevenção, continuam eficazes para frear a onda de covid-19 e reduzir o risco de transmissão.
Até o momento, a variante BQ.1 já foi identificada em vários estados do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Amazonas. Já a variante XBB, que também é descendente da ômicron, ainda está limitada a países asiáticos, como a Índia, Singapura e Bangladesh.
Com o passar do tempo, há aumento da imunidade por conta dos anticorpos adquiridos por meio da vacinação e da exposição prévia ao vírus. Dessa forma, temos uma redução no risco de sintomas graves, internações e até mesmo no número de óbitos.
Ainda assim, a pandemia continua, considerando que ainda estamos descobrindo novas variantes do vírus. Tomar cuidados para prevenir a transmissão da doença e ficar em dia com o status da vacinação são medidas essenciais para reduzir sua circulação e evitar novas ondas.
Esses foram os fatos que precisamos saber sobre as novas variantes ômicron que foram descobertas recentemente. Esperamos que tenha tirado suas dúvidas sobre elas, nesse caso, compartilhe o post com amigos e familiares para que todos fiquem por dentro.
Para mais informações como essa, continue acompanhando o blog Portal da Saúde. Até a próxima!
Trabalha na indústria Farmacêutica desde os anos 2000, vindo a atuar nas áreas de Saúde Feminina, Consumer Health, Clínica Geral, Pediatria, Dor e Inflamação, Reumatologia, Similares e genéricos.
*NOTA TÉCNICA Nº 16/2022-CGGRIPE/DEIDT/SVS/MS. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral de Vigilância das Síndromes Gripais
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