Amigdalite viral

Muito comum na infância, mas podendo também afetar adolescentes e adultos, a amigdalite viral é um tipo de infecção da garganta que pode ser causada por diversos vírus diferentes.

Embora não seja tão comum quanto a versão citada, também pode ocorrer a amigdalite bacteriana, que possui características singulares e exige um tratamento mais específico.

Para tirar todas as suas dúvidas sobre este assunto, criamos esse guia prático, que mostra como saber se a amigdalite é viral ou bacteriana, quais sintomas elas provocam e qual tratamento costuma ser indicado pelos médicos.

Continue lendo e fique por dentro!

O que é a amigdalite?

A amigdalite ou tonsilite é a infecção que atinge as amígdalas, que são dois nódulos linfáticos localizados na parte posterior da garganta, um de cada lado.

Elas fazem parte do sistema imunológico, atuando na defesa do organismo contra doenças infecciosas, produzindo principalmente glóbulos brancos. Apesar de combater patógenos, como vírus e bactérias, que invadem o trato respiratório superior, elas também são vulneráveis a esses microrganismos.

Viroses, como o resfriado comum, a gripe e a faringite podem dar gerar a amigdalite viral, principalmente entre as crianças pequenas, no início da vida escolar.

Nessa fase, elas possuem uma imunidade ainda imatura e ineficaz, ao mesmo tempo que passam a ter contato umas com as outras, aumentando o risco de contaminação.

Quais são os sintomas da amigdalite?

De modo geral, a amigdalite apresenta um quadro de fácil diagnóstico, observado pelo inchaço nas laterais do pescoço e vermelhidão nas tonsilas, que tendem a aumentar de tamanho por conta da infecção.

Com isso, os principais sintomas de amigdalite são os seguintes:

  • inflamação de garganta e nas amígdalas;
  • dor e dificuldade para engolir;
  • rouquidão;
  • febre;
  • dor de cabeça;
  • maxilar e pescoço doloridos e rígidos;
  • desconforto estomacal;
  • dor de ouvido;
  • calafrios;
  • mau hálito.

Quando atinge bebês, também é possível que os pequenos apresentem um aumento na produção de saliva e que fiquem bastante irritados e sem apetite.

Quanto tempo dura a amigdalite?

A amigdalite pode acontecer simultaneamente a infecção que deu origem a ela, como o resfriado comum ou a gripe, mas também pode se estender além desse período.

Em relação a quanto tempo dura a amigdalite, o mais comum é que os sintomas persistam uma média de três a sete dias, mas existem casos mais graves que duraram até dez dias para uma recuperação completa.

O que causa a amigdalite viral e a bacteriana?

A amigdalite viral é causada por diferentes tipos de vírus, similar ao que ocorre com o resfriado comum, que tem mais de 200 patógenos conhecidos entre os que causam essa infecção. Os principais culpados por infectar as amígdalas são o rinovírus, adenovírus, parainfluenza e influenza.

Já a amigdalite bacteriana tem a Streptococcus pyogenes como a responsável, mas também pode ser provocada por outras bactérias.

Como saber se a amigdalite é viral ou bacteriana?

Para saber se a amigdalite é viral ou bacteriana, é necessário procurar atendimento médico para observar a aparência das amígdalas.

Na amigdalite viral, que é a mais comum, é possível notar que elas ficam bem vermelhas e inchadas, o que pode se estender para as áreas adjacentes na garganta. Também pode ser diferenciada por ocorrer após uma virose respiratória, como a gripe ou o resfriado.

A diferença para a amigdalite bacteriana pode ser notada quando além de vermelhidão e inchaço, há pequenas manchas de pus sobre as amígdalas. Além disso, a úvula, a campainha no fundo da garganta, pode apresentar aumento de tamanho.

Como tratar a amigdalite viral? E a bacteriana?

A amigdalite viral não costuma oferecer muito risco ou resistência ao tratamento, mesmo assim, deve ser levada a sério para não sofrer com qualquer tipo de complicação ou manifestação crônica da doença.

Por outro lado, a amigdalite bacteriana pode levar ao surgimento de abscessos na garganta, febre reumática e até a inflamação dos rins. Para combater esse risco e proteger sua saúde, veja como tratar a amigdalite viral e bacteriana corretamente.

1. Siga o tratamento indicado pelo médico

Nenhum método caseiro substitui o tratamento farmacológico indicado pelo médico que fez o seu diagnóstico, então siga as recomendações passadas à risca. De modo geral, os remédios para tratar amigdalite costumam ser os seguintes:

  • analgésicos: para aliviar a dor e controlar a inflamação;
  • antitérmicos: combatem a febre e ajudam a controlar a temperatura corporal;
  • antialérgicos e descongestionantes: podem ser usados para diminuir a vermelhidão e combater a irritação;
  • antibióticos: exclusivos para a amigdalite bacteriana, servem para combater bactérias oportunistas que infeccionaram as amígdalas.

2. Remoção das amígdalas

Quando a amigdalite se torna crônica, especialmente com características bacterianas, pode ser necessário remover as amígdalas. Isso é mais comum entre as crianças até os seis anos. Essa cirurgia não afeta o desenvolvimento infantil, pois as amígdalas voltam a crescer em pouco tempo.

3. Faça repouso

Por conta de todo desconforto causado pela amigdalite, descansar bastante é importante para não sobrecarregar o organismo e sofrer com sintomas mais intensos. No caso das crianças, manter o seu filho em casa pode evitar que a infecção continue se propagando.

4. Prefira bebidas frias ou em temperatura ambiente

Para lidar com o inchaço da garganta e reduzir o incômodo, bebidas mais frias ou ao menos em temperatura ambiente podem ser mais indicadas, mas vale ficar atento se elas têm efeito positivo ou não, o que pode mudar de uma pessoa para outra.

5. Faça gargarejo com água morna e sal

O gargarejo de água morna e sal costuma ser indicado para descontaminar a região infeccionada, aliviar o inchaço e reduzir o desconforto causado pela infecção. Basta aquecer cerca de 100 ml de água e misturar uma colher de café de sal marinho, usando essa solução até três vezes ao dia.

Esse método não é indicado para quem sofre de pressão alta (hipertensão) ou para crianças pequenas, uma vez que elas podem acabar engasgando.

Com essas medidas, é possível controlar a amigdalite e se recuperar dentro de poucos dias. No entanto, procure atendimento médico de urgência se:

  • a dor e inflamação piorarem repentinamente ou não responderem ao tratamento com remédios;
  • as áreas ao redor da boca e garganta também ficarem bastante inchadas e incômodas;
  • houver dificuldade severa para falar, engolir, respirar ou abrir a boca;
  • surgirem abscessos, pequenas bolsas de pus sobre as amígdalas ou na parede da garganta.

E então, conseguiu tirar suas dúvidas sobre a amigdalite viral? Esperamos que sim! Para mais conteúdos informativos e guias como este, fique ligado no blog Portal da Saúde. Até a próxima!

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Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Trabalha na indústria Farmacêutica desde os anos 2000, vindo a atuar nas áreas de Saúde Feminina, Consumer Health, Clínica Geral, Pediatria, Dor e Inflamação, Reumatologia, Similares e genéricos.

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